Ansiedade no idoso
A ansiedade excessiva é muito comum em todas as idades, acontecem em cerca de 9 a 15% da população. Muitos pensam que as os idosos têm problemas de ansiedade em menor proporção e intensidade. Entretanto, nessa faixa etária os problemas causados pela ansiedade excessiva são comuns. Eles ocorrem em cerca de 20% da população idosa e podem chegar até 40% nos idosos institucionalizados em casas de repouso.
A ansiedade se manifesta de forma diferente nos idosos. Devido às diferenças entre a ansiedade do idoso e dos mais jovens, se utilizássemos os critérios diagnósticos comuns (usados para diagnosticar a ansiedade excessiva em adultos jovens), cerca de metade dos idosos com problemas de ansiedade não receberia o diagnóstico adequado.
As pessoas mais velhas tendem a expressar a ansiedade com sintomas físicos, que podem ser confundidos com doenças clínicas. Idosos podem relatar ansiedade excessiva apenas quando recebem perguntas específicas sobre um estado de humor desconfortável, uma apreensão negativa em relação ao futuro ou uma inquietação interna desagradável. Se mais perguntas sobre o tema forem realizadas, podem relatar um sentimento inexplicável de desgraça iminente, preocupações infundadas sobre inúmeras coisas (saúde, negócios, cônjuge, filhos, aposentadoria) ou um medo irracional de uma situação (cair, ir a uma festa, animais).
Aceleração do coração, vasoconstrição, suores, calafrios, aumento do trânsito intestinal, sensação de sufocação, sensação de afogamento e asfixia são mais comuns nos adultos mais jovens e poucas vezes são relatadas por idosos. Tremores, dores musculares, desconforto no peito ou na boca do estômago (ou dor), contraturas, adormecimento e alterações das sensações na pele, assim como movimentos repetitivos são sintomas físicos comuns de ansiedade excessiva nos idosos. Sintomas depressivos, problemas de memória e de atenção presentes nos quadros ansiosos podem fazer com que o relato dos sintomas esteja prejudicado e o diagnóstico ainda mais difícil.
A ansiedade excessiva pode fazer parte da depressão. Medicamentos, deficiência de vitaminas, alimentos, substâncias (como álcool) e doenças (agudas, como a pneumonia, e crônicas descompensadas, como arritmias) também podem levar à ansiedade excessiva. É importante que o médico faça uma avaliação destes fatores além dos estressores psicológicos e sociais, seguidos também de uma avaliação da memória (cognitiva).
Os fatores que aumentam as chances de ter ansiedade excessiva na população idosa são: a presença de doenças crônicas (como diabetes, hipertensão, osteoartrose, depressão, demência), institucionalização e incapacidade (como, não andar, não sair de casa, não falar).
A ansiedade excessiva pode acontecer de forma mais silenciosa, juntamente com queixas e doenças clínicas. Muitos idosos podem não contar para seus familiares e amigos sobre seus sintomas. Alguns podem ter medo de ser um peso para seus familiares ou de dar trabalho por sua condição de saúde.
Haja vista que 80% dos idosos têm ao menos uma doença crônica, saber o que é sintoma ansioso e o que é sintoma de uma doença clínica pode ser difícil. É através da história, relatada por pacientes e familiares, das perguntas feitas pelo médio e do exame detalhado que se estabelece a presença da ansiedade e da sua relação entre outras doenças.
É importante distinguir os transtornos de ansiedade que tipicamente se iniciam na infância e no início da vida adulta (que melhoram e pioram com o tempo e geralmente continuam na velhice) da ansiedade excessiva que se inicia na terceira idade (transtornos de ansiedade de início tardio). Apesar de similares em apresentação clínica, têm tratamentos, cursos e prognósticos diferentes.
O tratamento da ansiedade nos idosos é realizado com medicamentos e tratamentos psicossociais que incluem a terapia cognitivo-comportametal. Medicamentos com menor potencial de interação medicamentosa e de causar efeitos colaterais são preferidos, como os antidepressivos da classe do escitalopram e da sertralina (inibidores seletivos de recaptação da serotonina). Evita-se usar medicações como a amitriptilina e imipramina (antidepressivos tricíclicos), que podem causar boca seca, retenção urinária e dificuldade de memória.
O tempo para que algumas medicações façam efeito em indivíduos maiores de 65 anos geralmente é mais longo e deve ser considerado antes de trocar e ou aumentar a dose. Outras medicações como os anticonvulsivantes com ação contra ansiedade, antipsicóticos (como a quetiapina, olanzapina e aripiprazol) e outros antidepressivos podem também ser utilizados.
Apesar de efetivos para reduzir a ansiedade, os benzodiazepínicos (como, clonazepam, lorazepam, bromazepam) não são recomendados em idosos pelos efeitos colaterais (diminuição da memória/cognição, deterioração do funcionamento psíquico e motor, além do aumento do risco de quedas).
Como muitos idosos tomam diversos remédios, é importante suspender o uso dos medicamentos para ansiedade em momento adequado.
Outras condições associadas à ansiedade como dor e doenças clínicas devem ser tratados para a melhora total do quadro de ansiedade.
A ansiedade se manifesta de forma diferente nos idosos. Devido às diferenças entre a ansiedade do idoso e dos mais jovens, se utilizássemos os critérios diagnósticos comuns (usados para diagnosticar a ansiedade excessiva em adultos jovens), cerca de metade dos idosos com problemas de ansiedade não receberia o diagnóstico adequado.
As pessoas mais velhas tendem a expressar a ansiedade com sintomas físicos, que podem ser confundidos com doenças clínicas. Idosos podem relatar ansiedade excessiva apenas quando recebem perguntas específicas sobre um estado de humor desconfortável, uma apreensão negativa em relação ao futuro ou uma inquietação interna desagradável. Se mais perguntas sobre o tema forem realizadas, podem relatar um sentimento inexplicável de desgraça iminente, preocupações infundadas sobre inúmeras coisas (saúde, negócios, cônjuge, filhos, aposentadoria) ou um medo irracional de uma situação (cair, ir a uma festa, animais).
Aceleração do coração, vasoconstrição, suores, calafrios, aumento do trânsito intestinal, sensação de sufocação, sensação de afogamento e asfixia são mais comuns nos adultos mais jovens e poucas vezes são relatadas por idosos. Tremores, dores musculares, desconforto no peito ou na boca do estômago (ou dor), contraturas, adormecimento e alterações das sensações na pele, assim como movimentos repetitivos são sintomas físicos comuns de ansiedade excessiva nos idosos. Sintomas depressivos, problemas de memória e de atenção presentes nos quadros ansiosos podem fazer com que o relato dos sintomas esteja prejudicado e o diagnóstico ainda mais difícil.
A ansiedade excessiva pode fazer parte da depressão. Medicamentos, deficiência de vitaminas, alimentos, substâncias (como álcool) e doenças (agudas, como a pneumonia, e crônicas descompensadas, como arritmias) também podem levar à ansiedade excessiva. É importante que o médico faça uma avaliação destes fatores além dos estressores psicológicos e sociais, seguidos também de uma avaliação da memória (cognitiva).
Os fatores que aumentam as chances de ter ansiedade excessiva na população idosa são: a presença de doenças crônicas (como diabetes, hipertensão, osteoartrose, depressão, demência), institucionalização e incapacidade (como, não andar, não sair de casa, não falar).
A ansiedade excessiva pode acontecer de forma mais silenciosa, juntamente com queixas e doenças clínicas. Muitos idosos podem não contar para seus familiares e amigos sobre seus sintomas. Alguns podem ter medo de ser um peso para seus familiares ou de dar trabalho por sua condição de saúde.
Haja vista que 80% dos idosos têm ao menos uma doença crônica, saber o que é sintoma ansioso e o que é sintoma de uma doença clínica pode ser difícil. É através da história, relatada por pacientes e familiares, das perguntas feitas pelo médio e do exame detalhado que se estabelece a presença da ansiedade e da sua relação entre outras doenças.
É importante distinguir os transtornos de ansiedade que tipicamente se iniciam na infância e no início da vida adulta (que melhoram e pioram com o tempo e geralmente continuam na velhice) da ansiedade excessiva que se inicia na terceira idade (transtornos de ansiedade de início tardio). Apesar de similares em apresentação clínica, têm tratamentos, cursos e prognósticos diferentes.
O tratamento da ansiedade nos idosos é realizado com medicamentos e tratamentos psicossociais que incluem a terapia cognitivo-comportametal. Medicamentos com menor potencial de interação medicamentosa e de causar efeitos colaterais são preferidos, como os antidepressivos da classe do escitalopram e da sertralina (inibidores seletivos de recaptação da serotonina). Evita-se usar medicações como a amitriptilina e imipramina (antidepressivos tricíclicos), que podem causar boca seca, retenção urinária e dificuldade de memória.
O tempo para que algumas medicações façam efeito em indivíduos maiores de 65 anos geralmente é mais longo e deve ser considerado antes de trocar e ou aumentar a dose. Outras medicações como os anticonvulsivantes com ação contra ansiedade, antipsicóticos (como a quetiapina, olanzapina e aripiprazol) e outros antidepressivos podem também ser utilizados.
Apesar de efetivos para reduzir a ansiedade, os benzodiazepínicos (como, clonazepam, lorazepam, bromazepam) não são recomendados em idosos pelos efeitos colaterais (diminuição da memória/cognição, deterioração do funcionamento psíquico e motor, além do aumento do risco de quedas).
Como muitos idosos tomam diversos remédios, é importante suspender o uso dos medicamentos para ansiedade em momento adequado.
Outras condições associadas à ansiedade como dor e doenças clínicas devem ser tratados para a melhora total do quadro de ansiedade.