Entendendo o racicício clínico para aumentar doses de remédios
Muitas pessoas se sentem desconfortáveis com a orientação do médico para aumentar a dose da sua medicação para tratar transtornos neuropsiquiátricos, os chamados psicotrópicos. Por vezes a ideia ou medo do aumento já as afasta de uma consulta médica. Contudo, existe uma razão importante e para este aumento.
A maioria das medicações usadas em psiquiatria tem metabolização pelo fígado, ou seja, elas são destruídas ou inutilizadas pelas células do fígado ao entrarem na corrente sanguínea. Quanto maior a velocidade de destruição/inutilização, menor a disponibilidade do remédio para agir no cérebro. Cada pessoa tem uma velocidade de metabolização dos remédios diferente pelo fígado.
Esta velocidade de metabolização, por vezes pode ser medida indiretamente através de informações, como perguntas sobre como a pessoa se sente e quais efeitos têm quando faz uso de outras medicações, como analgésicos comuns ou antialérgicos. Uma pessoa que necessita de doses menores que as usuais de dipirona ou paracetamol para alívio de dores, ou tem muito sono com antialérgicos que não costumam causar este sintoma, como a loratadina, pode ser uma metabolizadora lenta.
O contrário também é verdadeiro e indivíduos que precisam tomar doses comuns de remédios para não ter dor e são pouco sensíveis à efeitos colaterais podem ser metabolizadores rápidos. Devido à alta taxa de destruição de medicações pelo fígado, se as doses dos psicotrópicos não forem aumentadas, um paciente metabolizador rápido não vai ter quantidade de remédio suficiente em seu corpo para ter o efeito desejado.
Outro fator que determina a quantidade de medicação a ser prescrita é a velocidade de trabalho dos transportadores de serotonina, alvo de ação de muitos remédios com ação psicotrópica. Variações genéticas podem determinar uma velocidade quatro vezes maior de retirada da serotonina entre os neurônios pelo transportador. Nos transtornos depressivos e ansiosos, são utilizadas medicações que visam bloquear estes transportadores, aumentando a quantidade de serotonina na fenda sináptica, estimulando os neurônios de uma maneira mais fácil. Dependendo da velocidade de receptação dos receptores (velocidade de retirada), mais moléculas da medicação são necessárias para diminuir a volta da serotonina para dentro o neurônio (quando ela não o estimula). Em última instância, isto acarreta na necessidade do uso de uma maior dose da medicação.
Para algumas medicações é útil a dosagem de sua concentração no sangue. A partir desta é possível determinar indiretamente a concentração no cérebro e a taxa de metabolização pelo fígado. Ácido valpróico, carbamazepina, lamotrigina, nortriptilina e o carbonato de lítio são algumas dessas medicações. Para outras medicações, como a maioria dos psicotrópicos, o ajuste da dose é realizado conforme a resposta clínica e a tolerância do indivíduo.
A maioria das medicações usadas em psiquiatria tem metabolização pelo fígado, ou seja, elas são destruídas ou inutilizadas pelas células do fígado ao entrarem na corrente sanguínea. Quanto maior a velocidade de destruição/inutilização, menor a disponibilidade do remédio para agir no cérebro. Cada pessoa tem uma velocidade de metabolização dos remédios diferente pelo fígado.
Esta velocidade de metabolização, por vezes pode ser medida indiretamente através de informações, como perguntas sobre como a pessoa se sente e quais efeitos têm quando faz uso de outras medicações, como analgésicos comuns ou antialérgicos. Uma pessoa que necessita de doses menores que as usuais de dipirona ou paracetamol para alívio de dores, ou tem muito sono com antialérgicos que não costumam causar este sintoma, como a loratadina, pode ser uma metabolizadora lenta.
O contrário também é verdadeiro e indivíduos que precisam tomar doses comuns de remédios para não ter dor e são pouco sensíveis à efeitos colaterais podem ser metabolizadores rápidos. Devido à alta taxa de destruição de medicações pelo fígado, se as doses dos psicotrópicos não forem aumentadas, um paciente metabolizador rápido não vai ter quantidade de remédio suficiente em seu corpo para ter o efeito desejado.
Outro fator que determina a quantidade de medicação a ser prescrita é a velocidade de trabalho dos transportadores de serotonina, alvo de ação de muitos remédios com ação psicotrópica. Variações genéticas podem determinar uma velocidade quatro vezes maior de retirada da serotonina entre os neurônios pelo transportador. Nos transtornos depressivos e ansiosos, são utilizadas medicações que visam bloquear estes transportadores, aumentando a quantidade de serotonina na fenda sináptica, estimulando os neurônios de uma maneira mais fácil. Dependendo da velocidade de receptação dos receptores (velocidade de retirada), mais moléculas da medicação são necessárias para diminuir a volta da serotonina para dentro o neurônio (quando ela não o estimula). Em última instância, isto acarreta na necessidade do uso de uma maior dose da medicação.
Para algumas medicações é útil a dosagem de sua concentração no sangue. A partir desta é possível determinar indiretamente a concentração no cérebro e a taxa de metabolização pelo fígado. Ácido valpróico, carbamazepina, lamotrigina, nortriptilina e o carbonato de lítio são algumas dessas medicações. Para outras medicações, como a maioria dos psicotrópicos, o ajuste da dose é realizado conforme a resposta clínica e a tolerância do indivíduo.